Resumo do livro: Inteligência Emocional de Daniel Golman.
O nível de QI pouca relação tem com o nível de sucesso que as pessoas alcançam no trabalho ou em outros setores da sua vida. Um estudo mostrou que 7% das pessoas cujo QI era inferior a 80 permaneceram desempregados durante dez ou mais anos, mas o mesmo ocorreu com 7% daqueles cujo QI era acima de 100. Diga-se, o bem da verdade, que chegando aos 47 anos, deu-se uma correlação (como sempre ocorre) entre QI e nível socioeconômico. Mas o que fez a diferença foi a capacidade adquirida na infância, de lidar com frustrações, controlar as emoções e de relacionar-se com outras pessoas.
A inteligência acadêmica não oferece nenhum preparo para o torvelinho ou para a oportunidade que ocorre na vida. Apesar de um alto QI não ser nenhuma garantia de prosperidade, prestígio ou felicidade na vida, nossas escolas, nossa cultura privilegiam a aptidão no nível acadêmico, ignorando a inteligência emocional, um conjunto de traços, alguns chamariam de caráter, que também exerce uma papel importante no nosso destino pessoal.
A vida emocional é um campo com o qual se pode lidar, certamente como matemática e leitura, com maior ou menor habilidade, e exige seu conjunto especial de aptidões. E a medida dessas aptidões numa pessoa é decisiva para compreender porque uma prospera na vida, enquanto outra, de igual nível intelectual, entra num beco sem saída: a aptidão emocional é uma mera capacidade que determina até onde podemos usar bem quaisquer outras aptidões que tenhamos, incluindo o intelecto bruto.
As pessoas com prática emocional bem desenvolvida têm mais probabilidade de se sentirem satisfeitas e de serem eficientes em suas vidas, dominando os hábitos mentais que fomentam sua produtividade, as que não conseguem exercer nenhum controle sobre sua vida emocional travam batalhas internas que sabotam a capacidade de concentração no trabalho e de lucidez de pensamento. Exemplo: o que as crianças gostam de fazer, o que mais lhe agradam e a escolha dos seus amigos. Preste atenção nisso.
Inteligência interpessoal é a capacidade de compreender outras pessoas: o que as motiva, como trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas. As pessoas que trabalham com vendas, políticos, professores, clínicos e líderes religiosos bem-sucedidos são todos dotados de alto grau de inteligência interpessoal. A inteligência intrapessoal é uma aptidão correlata, voltada para dentro. É uma capacidade de formar um modelo preciso, verídico, de si mesmo e poder usá-lo par agir eficazmente na vida.
No dia a dia nenhuma inteligência é mais importante que a inteligência intrapessoal. Se não a temos, faremos escolhas errôneas sobre quem desposar, que emprego arranjar e assim por diante. Precisamos treinar as crianças em inteligências intrapessoais na escola.
Salovey com seu colega John Mayer propôs uma definição elaborada de inteligência emocional, expandindo estas aptidões em cinco domínios principais:
1 – Autoconsciência – reconhecer um sentimento quando ele ocorre. A capacidade de controlar sentimentos a cada momento é fundamental para o discernimento emocional e para a auto compreensão. As pessoas mais seguras acerca dos seus próprios sentimentos são melhores pilotos de suas vidas, tendo uma consciência maior de como se sentem em relação a decisões pessoais, desde com quem se casar e a que emprego aceitar.
2 – Lidar com emoções. Capacidade de livrar-se da ansiedade, tristeza, ou irritabilidade que incapacitam. As pessoas que são fracas nesta aptidão vivem constantemente lutando contra sentimentos de desespero, enquanto outras se recuperam mais rapidamente com todas estas perturbações.
3 – Motivar-se. O autocontrole emocional sabe adiar a satisfação e conter a impulsividade, está por trás de qualquer tipo de realização. Pessoas com estas capacidades são mais produtivas e eficazes em qualquer atividade que exercem.
4 – Reconhecer emoções nos outros. A empatia, outra capacidade que se desenvolve na autoconsciência emocional, é a aptidão pessoal fundamental. As pessoas empáticas estão mais ligadas ao mundo externo que indica o que outras pessoas precisam ou o que querem.
5 – Lidar com relacionamentos. É a aptidão de lidar com as emoções dos outros. São as aptidões que determinam a popularidade, a liderança e a eficiência INTERPESSOAL. São estrelas sociais.
Conhece-te a ti mesmo.
Autoconsciência, no sentido de permanente atenção ao que estamos sentindo internamente. Nessa consciência auto reflexiva, a mente observa e investiga o que esta sendo vivenciado, incluindo as emoções.
Autoconsciência, em suma significa estar consciente ao mesmo tempo de nosso estado de espírito e de nossos pensamentos sobre esse estado de espírito. A autoconsciência pode ser uma atenção não reativa e não julgadora de estados interiores. Não devo me sentir assim, vou pensar em coisas boas para me animar. Ou não pense nisso em relação a alguma coisa muito perturbadora.
A chave para uma tomada de decisão mais sábia é, em suma, estar mais sintonizado com nossos sentimentos.
Há dois tipos de emoção: a consciente e a inconsciente.
A base do aspecto da inteligência emocional é ser capaz de afastar um estado de espírito negativo.
O sofrimento fortalece a alma.
Talvez não haja aptidão psicológica mais fundamental que a capacidade de resistir ao impulso. É a raiz de todo o autocontrole emocional, uma vez que todas as emoções, por sua própria natureza, levam a um a outro impulso para agir. A palavra básica da palavra emoção, lembre-se é mover.
Estudos com crianças de 4 anos e 12 anos comprovaram isso, Que a capacidade do autocontrole gera nas pessoas mais capacidade de enfrentar desafios, perseverar, confiança, tomavam mais iniciativa e mergulhavam em projetos e buscavam incansavelmente seus objetivos. Faziam planos e os seguiam. Eram mais bem sucedidos em termos acadêmicos. A busca pelas metas a essência é a autorregularão emocional: capacidade de controlar um impulso para conseguir chegar a um objetivo, seja em montar uma empresa, resolver uma equação algébrica ou disputar a copa Staley.
A ansiedade solapa o intelecto. Também sabota todos os tipos de desempenho acadêmico: 126 diferentes estudos com mais de 36 mil pessoas constataram que, quanto mais a pessoa é propensa a preocupações, mais fraco é o seu desempenho acadêmico, não importa qual a espécie de medição, notas em provas, média de pontos ou testes de rendimentos.
Os pensamentos negativos – não vou conseguir fazer isso, não sou bom nesse tipo de teste, são os que mais atrapalham seu processo de decisão.
Se ficarmos preocupados com a possibilidade de fracassar na prova que estamos fazendo, teremos menos atenção para ser empregada na resolução das questões. Nossas preocupações se tornam profecias autoconcretizastes, impedindo-nos para o próprio desastre que predizem.
As vantagens intelectuais de uma boa risada são mais impressionantes quando se trata de resolver um problema que exige uma solução criativa. Um estudo constatou que as pessoas que a assistiram a um vídeo de humor depois resolviam com facilidade um quebra-cabeça que foi durante muito tempo utilizado por psicólogos para testar o pensamento criativo.
Da mesma forma um estado de espírito negativo prejudica a memória, tornado mais provável que nos fixemos numa decisão medrosa, excessivamente cautelosa.
Os alunos mais autoconfiantes estabelecem para si mesmos metas mais altas e sabem como se esforçar para atingi-las. Quando comparamos alunos de aptidão intelectual equivalente nos rendimentos acadêmicos. O que os distingue é a esperança. A autoconfiança te impulsiona pra frente a buscar seus objetivos por mais que as dificuldades estejam presentes. Esperança compreende poder motivar-se, sentir-se com recursos suficientes para encontrar meios de atingir seus objetivos e suas metas.
Da perspectiva da inteligência emocional, ser esperançoso significa que não vamos sucumbir numa ansiedade arrasadora, atitude derrotista ou em depressão diante de desafios e reveses difíceis. Na verdade, as pessoas esperançosas mostram menos depressão que as outras ao conduzirem suas vidas em busca de suas metas, são em geram menos e têm menos distúrbios emocionais.
O otimismo é um atitude que protege as pessoas da apatia, depressão e desesperança diante de dificuldade. O otimismo realista proporciona dividendos à vida. Exemplo com vendedores otimistas chegam a vender de 37% a 80% a mais dos pessimistas.
A origem da empatia é alimentada pelo autoconhecimento; quanto mais consciente estivermos acerca de nossas próprias emoções, mais facilmente poderemos entender o sentimento alheio.
Em testes feitos com mais de 7 mil pessoas nos Estados Unidos e outros 18 países, a vantagem de poder interpretar sentimentos a partir das indicações não verbais incluíam um melhor ajustamento emocional, maior popularidade, mais abertura e talvez o que seja mais surpreendente, maior sensibilidade. As pessoas que tem melhor aptidão em adquirir empatia, também se relacionam melhor com outras pessoas. A empatia ajuda na vida romântica.
A maneira como os pais educam seus filhos pode desenvolver mais ou menos empatia, porém os estudos mostram que chamar fortemente atenção para a aflição que o mau comportamento delas causavam nos outros: veja como você a deixou triste em vez de isso foi malfeito. Também descobriram que a empatia das crianças é igualmente moldada o que veem, as crianças desenvolvem um repertório de reação empática, sobretudo na ajuda a outras pessoas angustiadas.
Os custos emocionais, para toda a vida, decorrentes da falta de sintonia na infância podem ser grandes, e não só para crianças. Um estudo sobre criminosos que praticaram os crimes mais cruéis e violentos constatou que o que os caracterizava e os distinguia de outros criminosos é que, na infância, tinham sido mandados de uma casa de adoção para outra, ou criados em orfanatos, históricos de vida que sugerem abandono emocional pouca oportunidade de sintonização.
A bela arte de relacionar-se com o outro exige o amadurecimento de duas outras aptidões emocionais: o autocontrole e a empatia.
A sincronia entre professores e alunos indica a intensidade da relação estabelecida entre eles; estudos realizados em sala de aula mostram que quanto mais estreita for a coordenação de movimentos entre professor e aluno, mais eles são amigáveis entre si, satisfeitos e entusiasmados, interessados e abertos na interação. Em geral, um alto nível de sincronia numa interação indica que as pessoas envolvidas gostam umas das outras. Frank Bernierim o psicólogo da Universidade do Estado de Oregon que fez esses estudos, me disse:
O constrangimento ou descontração que sentimos diante de alguém está num nível físico. Precisamos de uma cronologia compatível, coordenar nossos movimentos, sentirmo-nos à vontade. A sintonia reflete a profundidade do engajamento entre os parceiros, se estamos altamente engajados, nossos estados de espírito começam a entrelaçar-se, positiva ou negativamente.
O arrasto emocional é a essência do poder de influenciar pessoas.
Levinson observa que os administradores que têm pouca empatia são mais inclinados a dar feedback de uma maneira que machuca, com o arrepiante sarcasmo. Feita desta forma. A crítica é destrutiva; em vez de abrir caminho para uma correção, cria um revide emocional de ressentimento, raiva, defensividade e distanciamento.
Quando se trabalha em harmonia com o grupo produz soluções melhores, mais criativas e mais eficazes do que o trabalho individual isolado. O tipo mais importante na inteligência de grupo, revela-se, não é o QI médio no sentido acadêmico, mas sim a inteligência emocional. A chave para um alto QI de grupo é a harmonia existente entre os membros que o compõem; É essa capacidade de harmonizar que, mantida a igualdade de condições em tudo mais, tornará um grupo especialmente talento, produtivo e bem-sucedido, e fará outro, com membros cujo talento e habilidade são iguais em outros aspectos, se sair mal.
Em grupos onde há altos níveis de estática social e emocional, seja por medo ou raiva, rivalidade ou ressentimentos, as pessoas não conseguem dar o melhor de si. Mas a harmonia permite a um grupo aproveitar ao máximo as capacidades mais criativas e talentosas de seus membros.
À medida que serviços baseados no conhecimento e no capital intelectual se tornam mais fundamentais para as empresas, melhorar a maneira como as pessoas trabalham em equipe será uma grande forma de influenciar o capital intelectual, o que faz uma crítica diferença competitiva. Para prosperar, senão para sobreviver, as empresas deveriam desenvolver sua inteligência emocional coletiva.
Essa falta de percepção demonstra que a prática média não está se dando conta de vários indícios que demonstram, muitas vezes, que a condição emocional das pessoas desempenha um papel muito importante na vulnerabilidade à doença e no processo de cura. De um modo geral, a moderna assistência médica não recorre à inteligência emocional.
A mente do corpo, como as emoções afetam a saúde. A emoção e corpo não são entidades separadas, mas intimamente interligadas. O sistema imunológico é o cérebro do corpo, como diz o Cientista Francisco Varela, da escola politécnica de Paris, ao definir como o corpo percebe a si mesmo. O que faz parte dele e o que não faz. As células imunológicas circulam na corrente sanguínea, entrando em contato com praticamente todas as outras células. Aquelas que elas reconhecem, deixam em paz; as que não conseguem reconhecer, atacam.
Ele percebeu que as emoções exercem um poderoso efeito sobre o sistema nervoso autônomo, o qual regula tudo, desde quanta insulina é secretada até os níveis da pressão sanguínea. Depois, trabalhando com a esposa Suzane, Felten e outros colegas identificaram um ponto de encontro onde o sistema nervoso autônomo fala diretamente com os linfócitos e macrófagos, células do sistema imunológico.
A descoberta é revolucionária. Ninguém suspeitava que as células imunológicas pudessem ser alvo de mensagens enviadas dos nervos. O sistema nervoso não só está ligado ao sistema imunológico, mas também é essencial para a função imunológica adequada. O rancor é prejudicial a saúde. Assim como a raiva que aumenta a possibilidade de morte por problemas cardíacos, mas também os sentimentos negativos muito intensos, de qualquer espécie, que enviam regularmente ondas de hormônios de estresse por todo o corpo. A ansiedade, um problema causado pelas pressões da vida, é talvez a emoção com maior correlação científica a ligando ao começo de uma doença e ao curso de recuperação.
Quanto mais tensão as pessoas tem em sua vida mais fácil pegar resfriado. Entre os que não tinham tensão e expostos aos vírus, 27% se resfriaram, e os com forte tensão 47% ficaram doentes. Problemas cardíacos ficam mais expostos as pessoas com forte tensão ou raiva.
Bom convívio social e amigos sugere uma vida mais saudável. São os relacionamentos mais importantes na vida da gente, as pessoas com quem a gente mantém contato cotidiano, que são importantes para nossa saúde. E quanto mais significativo for o relacionamento, mais ele é importante para a preservação de nossa saúde.
Duas coisas importantes que a medicina deve levar em conta com as descobertas científicas:
1 – Ajudar as pessoas a lidar com sentimentos incômodos como a raiva, ansiedade, depressão, pessimismo e sensação de solidão é uma forma de prevenir doenças.
2 – Muitos pacientes podem auferir imensos benefícios quando a assistência clínica é acompanhada de assistência psicológica.
Para que uma criança esteja pronta para ir para a escola, é necessário que ela já tenha conhecimento básico: como aprender. O trabalho compreende sete dos principais ingredientes dessa aptidão fundamental, todos relacionados a inteligência emocional.
1 – Confiança. O senso de controle e domínio sobre o próprio corpo, comportamento e mundo; a sensação que a criança tem de que é mais provável vencer do que fracassar naquilo que empreender e de que os adultos lhe ajudarão nesse intento.
2 – Curiosidade. A sensação de que descobrir coisas é positivo e da prazer.
3 – Intencionalidade. O desejo e capacidade de absorver um impacto e explorar isso com persistência.
4 – Autocontrole. A capacidade de moldar e controlar as próprias ações de forma apropriada à sua idade. O senso de controle interno.
5 – Relacionamento. A capacidade de entrosar-se com os outros, baseada na sensação de que é compreendida por eles e que os compreende.
6 – Capacidade de comunicar-se. O desejo e capacidade de, verbalmente, trocar ideias, partilhar sentimentos e concepções com os outros. Esta relacionada com o senso de confiança nos outros e no prazer em estar com eles, inclusive com adultos.
7 – Cooperatividade. A capacidade de harmonizar as próprias necessidades com as dos outros nas atividades em grupo.
Quanto custa o analfabetismo Emocional:
Muitas coisas começam com uma simples briguinha. Casos de crianças de medo de apanhar levam armas para a escola e matam colegas por insegurança ou falta de controle emocional. Situações assim, revela fraqueza de controle. Nossas escolas como disse o professor Brooklyn, a atual ênfase no ensino parece sugerir que nos preocupamos mais com a qualidade da leitura e escrita dos alunos do que em saber se eles vão estar vivos na semana que vem.
Normalmente as crianças não tão bem nos seguintes pontos específicos:
1 – Retraimento ou problema de relacionamento social. Preferir ficar só. Ser cheio de segredos.
2 – Ansioso e deprimido. Ser solitário, ter muitos medos e preocupações.
3 – Problemas de atenção ou de raciocínio. Dificuldade de concentração, agir impulsivamente.
3 – Delinquente ou agressivo. Andar com garotos que se metem em encrencas.
As depressões das crianças esta ligada a ideias pessimista, e déficit emocional.
Entre os talentos emocionais estão: Autoconsciência, identificar, expressar e controlar sentimentos, controle de impulso e adiamento de satisfação; e controlar tensão e ansiedade. Um talento-chave no controle de impulso é saber a diferença entre sentimentos e ações a aprender a tomar melhores decisões emocionais controlando primeiro o impulso para agir, depois identificando ações alternativas e suas consequências antes de agir. Muitas aptidões são interpessoais: interpretar sinais sociais e emocionais, ouvir, ser capaz de resistir a influências negativas, considerar as perspectivas dos outros e compreender qual comportamento é aceitável numa determinada situação.
A ideia básica é elevar o nível de competência social e emocional nas crianças como parte de sua educação regular, não apenas uma coisa ensinada como paliativo para crianças que estão ficando para trás e que são perturbadas, mas um conjunto de aptidões e compreensões essenciais para cada criança.
O estudo do consórcio W.T. Grant dos programas de prevenção constatou que são obtidos melhores resultados quando é ensinado um núcleo de aptidões emocionais e sociais, como controlar o impulso, a raiva e como encontrar soluções criativas para provações sociais. Desse princípio, surgiram formas de intervenção. Esta educação deve ser generalizada como medida preventiva para toda a população escolar ensinada por professores comuns.
Nossas crianças aprendem que sempre há opções para reagir a uma emoção, e quanto mais meios temos para lidar com as emoções, mais rica é a nossa vida.
A alfabetização emocional implica um mandado ampliado para as escolas, entrando no lugar de famílias que falham na socialização das crianças. Essa temerária tarefa exige duas grandes mudanças: que os professores vãos além de sua missão tradicional e que as pessoas na comunidade se envolvam mais com as escolas. Para isto precisam capacitar os professores com várias semanas de treinamento especial na técnica.
Uma missão maior para as escolas:
Além de treinamento do professor, a alfabetização amplia nossa visão acerca do que é a escola, explicitando-a como um agente da sociedade encarregado de constatar se as crianças estão obtendo os ensinamentos essenciais para a vida. Isso significa um retorno ao papel clássico da educação. Esse projeto maior exige, além de qualquer coisa específica no currículo, o aproveitamento das oportunidades, dentro e fora das salas de aula os alunos a transformar momentos de crise pessoal em lições de competências emocional. Também funciona melhor quando as lições em classe são coordenadas com o que se passa na casa das crianças. Muitos programas de alfabetização emocional incluem aulas especiais para pais, afim de transmitir a eles o que seus filhos estão aprendendo, não apenas para completar o que se dá na escola, mas para ajudar os pais que querem lidar mais efetivamente a vida emocional de seus filhos.
Assim as crianças recebem mensagens consistentes sobre competência emocional em todas as áreas da vida. Nas escolas de New Haven, diz Tim Shriver, diretor do programa de competência social, se os garotos se metem numa briga na lanchonete, são mandados a um colega mediador, que se senta com eles e soluciona o conflito com a mesma técnica de adoção de perspectiva que eles aprenderam na aula. Treinadores usam a técnica de solução de conflito no campo de esportes. Temos classes para pais sobre o uso desses métodos com as crianças em casa.
Essas linhas paralelas de esforço das lições emocionais, não apenas na sala de aula, mas também no pátio, não apenas na escola, mas também em casa, são ideais. Isso implica em interligar mais estreitamente a escola, os pais e a comunidade. Aumenta a probabilidade de que o que as crianças aprenderam na classe de alfabetização emocional não ficará para trás na escola, mas será testado, praticado e afiado nos desafios reais da vida.
Outra maneira com esse tipo de abordagem acarreta a reformulação das escolas é a criação de uma cultura universitária que faz dela uma comunidade envolvida, um lugar onde os alunos se sentem respeitados, cuidados e ligados aos colegas, professores e à própria escola. Por exemplo, as escolas em lugares como New Haven, aonde as famílias se desintegram em ritmo acelerado, oferecem uma gama de programas que recrutam pessoas interessadas na comunidade para envolver-se com estudantes cuja vida familiar, na melhor das hipóteses, esteja sofrendo algum abalo. Na escola de New Haven, muitos voluntários para serem mentores, companheiros regulares de estudantes que estão falhando e têm poucos, quando têm, adultos protetores na vida familiar.
Em suma, o projeto ideal dos programas de alfabetização emocional é começar cedo, ser apropriado à idade, cobrir todo o tempo de escolaridade e entremear os trabalhos na escola, em casa e na comunidade.
Sinal mais revelador do impacto causado pelas aulas de alfabetização emocional seja os dados que foram fornecidos pelo diretor da escola dessa menina de 12 anos. Uma regra inflexível ali é que as crianças surpreendidas brigando são suspensas. Mas, à medida que as aulas de alfabetização emocional se estenderam ao longo dos anos, verificou-se uma queda constante no número de suspensões.
Se o desenvolvimento do caráter é uma das bases da sociedade democrática, pensem em algumas das maneiras como a inteligência emocional as reforça. O princípio fundamental do caráter é a autodisciplina; a vida virtuosa. Como têm observado os filósofos desde Aristóteles, se baseia no autocontrole. Precisamos ter controle sobre nós mesmos, nossos apetites, nossas paixões, para agir direito com os outros. É preciso força de vontade para manter a emoção sob o controle da razão.
O que é emoção: Osford English Dictionary define emoção como qualquer agitação ou perturbação da mente, sentimento paixão; qualquer estado mental veemente ou excitado. Entendo que emoção se refere a um sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos, e uma gama de tendências PARA AGIR. (Ira, fúria, tristeza, solidão, medo, prazer, felicidade, alegria, amor, aceitação, nojo, desprezo, vergonha, culpa, vexame.
Além dessas disposições emocionais, estão os distúrbios das emoções, como a depressão clínica ou ansiedade constante, em que alguém se vê perpetuamente colhido num estado tóxico.
Se você é positivo, nada é negativo para você. Se você for negativo, então tudo será negativo para você. Você é a fonte de tudo o que existe à sua volta, você é o criador do seu próprio mundo.
Mestre, o que é veneno? É qualquer coisa além do que precisamos, seja poder, preguiça, comida, ambição e raiva.
O que é medo? É não aceitação da incerteza.
Maturidade espiritual? É você parar de querer mudar os outros e mudar a si mesmo. É não buscar a aprovação dos outros. O que você faz é pela sua própria paz. Aceitar as pessoas como elas são. É estar bem consigo mesmo, capaz de distinguir entre o precisar e querer.
Inveja: é a não aceitação do bem do outro.
Inteligência emocional = Autocontrole.
Temos competências emocionais pessoais e sociais. A pessoal é como você se conecta consigo mesmo. O que trago dentro de mim, o que tiro melhor de mim. Estou num momento de desafio ou prazer, procuro sempre tirar o melhor de mim. Eu cresci na vida, ganhei muito dinheiro, mesmo assim tiro o melhor de mim. Num momento de desafio eu vou fazer aquilo que tem que ser feito. É saber tirar coisas boas, o melhor, em qualquer desafio, seja negativo ou positivo.
Competência emocional social; é saber como conectar-se com os outros e tirar o melhor dos dois, em prol de algo a si e, para os outros. O sucesso da pessoa vai depender do nível e controle emocional. Só razão e o conhecimento não nos leva a bons resultados.
Crenças, sentimentos tóxicos, ruins. O que acarretam? Tudo. De onde vem? (Dor, raiva, medo, insegurança, inveja) sempre vem do seu passado, do que você viu, ouviu, sentiu. Nossa estrutura emocional é formada por fatos passados. Sentimentos negativos, fatos negativos, vivências e isolamento dos pais.
Abandono das crianças gera desestruturação delas. Como resolver. Leitura. Buscar informações e experiências emocionais. Perdoe. Jogue fora os sentimentos tóxicos. Conectar-se consigo e com os outros, e tirar o melhor de si para si e para os outros.
Resumo do livro: Inteligência Emocional de Daniel Golman
Resumo: Luiz Carlos Peretti